Otimizar a utilização da terra para produzir mais alimentos, energia e fibras com alta produtividade sem crescer área tem sido a grande missão dos agricultores brasileiros nas últimas safras. Porém, a mesma agricultura moderna que busca altas produtividades, com plantas melhoradas geneticamente, as vezes não atinge o resultado esperado. Isso porque o produtor tem aplicado toda esta tecnologia sobre solos intemperizados, ou seja, com grande dependência de doses maciças de adubações com fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos para atingir seus resultados.
Solos tropicais são, de forma geral, originalmente deficientes em N, P e K e com grande capacidade de perdas e imobilização desses nutrientes, em função dos processos de volatilização, adsorção e lixiviação. Por essas razões são normalmente utilizadas doses altas desses fertilizantes, acima das necessidades das plantas, para compensar a perda esperada que ocorre nos sistemas de produção.
Diversos fatores interferem na eficiência agronômica do uso dos fertilizantes pelas plantas cultivadas, e podem estar relacionados ao solo, à cultura, ao manejo adotado, ao ambiente e ao fertilizante usado. Algumas ações podem ser realizadas para aumentar essa eficiência, entre elas, o manejo adotado e preconizado pelo International Plant Nutrition Institute (IPNI-Brasil) como as reduções das perdas de terra arável, o desenvolvimento e uso de materiais genéticos mais eficientes em utilizar o N, P e K, o uso de adubação mais equilibrada com os outros nutrientes, a aplicação de fertilizantes na época, dose e localização corretos, o manejo adequado da palhada e matéria orgânica do solo, o manejo adequado de solo para garantir bom pH, aeração, teor de Ca e baixo teor de elementos tóxicos, o controle da salinidade no solo e outros fatores impeditivos para crescimento radicular, e o uso de fontes mais eficientes.
Cada uma dessas possibilidades pode individualmente ter uma contribuição limitada, aquém do necessário para aumentar satisfatoriamente a eficiência geral dos fertilizantes, mas a combinação de várias delas pode trazer ganhos significativos e impactantes em larga escala. Nesse sentido, a Kimberlit Agrociências, empresa de quase três décadas no setor de fertilizantes, nutrição e fisiologia de plantas, vem atuando de forma decisiva no desenvolvimento de tecnologias que potencializam a eficiência de uso. O Kimcoat é uma dessas alternativas, composto por aditivos e substâncias específicas utilizadas no recobrimento dos grânulos de fertilizante nitrogenado (ureia); fosfatados (MAP, TSP e SSP) e potássico (KCL). Nos últimos dez anos, a Kimberlit Agrociências desenvolveu trabalhos e parcerias com produtores, consultorias e instituições de pesquisas que contribuíram para a difusão desses conceitos e resultados da tecnologia Kimcoat em fertilizantes. Ao se reduzir as perdas de nutrientes, outro ganho de alto valor para o uso dessas tecnologias é o de reduzir o risco de impactos ambientais que podem ocorrer com uso de doses elevadas de fertilizantes.
A tecnologia Kimcoat nos seus 10 anos de desenvolvimento, oferece para os produtores uma tecnologia que não implica em: impactos negativos na fertilidade do solo; não liberar no solo substâncias com potencial poluidor após sua degradação; não ser tóxico às plantas e animais; ser estável em todo o processo de produção; não afetar negativamente as características físicas dos fertilizantes; ser compatível com todas as matérias primas existentes no mercado e suas eventuais misturas e ter custo compatível com o valor do benefício entregue para o consumidor.
Por Juscelio Ramos de Souza, Pesquisador da Kimberlit Agrociências